terça-feira, 27 de abril de 2010

O Mar e Eu...

"... Eu estou andando pela praia, as águas do mar banham meus pés, a brisa está suave e ainda não muito quente, olho ao longe e só o que vejo é uma imensidão vazia...  estamos em pleno outono, e as pessoas não se aventuram em vir à praia; meus pensamentos estão soltos ao vento... em plena liberdade! o cheiro de maresia entra por minhas narinas, junto com ele vem uma mistura de odores, como o cheiro da terra molhada e das árvores, (a mata atlântica esta a minha direita, aqui é uma mistura perfeita de mar e verde e ontem a noite choveu um pouco) me trazendo sentimentos e emoções indiscritivéis!
meus filhos correm a minha frente, pulando e gritando a cada onda que conseguem vencer:
- ahhhhh!!!! é muito divertido!!!! - grita o menor.
- não me molha! - diz o maior
os pequenos gritos, as risadas, o barulho das ondas...
penso: um pedaço de paraíso!..."
Adoro o mar!
adoro o barulho, o cheiro, a brisa!
Gosto de sair caminhar em sua orla, de manhã cedo...
Este final de semana passei descansando em seus embalos, caminhei, senti o vento soprando os cabelos, o rosto, a brisa gostosa e quente... estava uma delicia...
A praia estava vazia... poucas pessoas estavam por lá, de um lado ao outro da orla tudo o que se via era Mar, um mar revolto, com grandes ondas, quebrando fortemente nas pedras...
mas nem por isso menos bonito, ao contrário estava lindo!
Sim eu adoro o mar, mas enganam-se os que pensam que passei o final de semana me banhando em suas águas... não me aventuro a tanto, passo horas a olhá-lo e admirá-lo, mas não me atrevo a enfrentar suas águas ou suas fúrias...
Gosto de ver os surfistas "pegando onda", admiro a habilidade deles em deslizar por elas e vencê-las, em fazer lindas acrobacias; mas eu permaneço à margem!
O mar é uma força inexplicável, basta olhar para as ondas que quebram na praia, nas arrebentações...
na maré que sobe conforme o movimento da Terra...
Seu barulho quebra forte na areia e dentro do meu coração, sinto o pulsar das águas, robusto, forte  e invencível, e por isso o respeito! Temo-o!
Já ouvi falar que o mar é traiçoeiro; eu  acho que minhas ações podem me levar a cometer um erro, e se eu não tenho plena convicção de minhas ações, então é melhor ficar a margem, onde a beleza para mim é a mesma daqueles que se aventuram em suas águas.
Acima de tudo respeito as minhas limitações!
Afinal vim para cá, porque meu corpo pediu socorro...
(...risos...) sou razoalvelmente boa em escrever, mas não em nadar; aliás algo que sempre me foi uma incógnita é este ato!!! não consigo permanecer na superfície da água, sempre afundo...
Não quero enfrentar o Mar, quero te-lo em minhas lembranças, respeito suas nuances do mais puro azul, até o verde esmeralda; não quero entender porque ele muda de cor ou porque a maré sobe...
quero admirá-lo!
Para muitos o mar ou a praia é para se divertir, ver muita gente, (nada contra) mas, para mim é para o puro prazer de descansar; gosto de voltar com as energias recarregadas, tranquila e descansada; preparada para enfrentar meus compromissos  outra vez!

(Kássya 26/04/2010)
*praia de Mongaguá litoral sul de São Paulo

Um comentário:

Anônimo disse...

ja deu para perceber que o teu contacto com a natureza, te fez bem, te fez mais contemplativa, alias, sempre o foste, e só que agora tiveste um contacto mais activo com a natureza.
O mar é o exemplo da mánifestaçao divina, pela imensidao, e segredos de seu meio.
Texto contemplativo, gostei, parabens.....
bjs
ant. ferreira