sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A vida, o amor e…. o crédito da alma

A vida, o estar vivo, os sentimentos afetivos tão essenciais à ela, por vezes (muitas...) não cultivados.

A vida, razão para por si só, sofrer, pelas mais diversas razões, sejam elas físicas ou da alma, é algo de inexplicável, de belo, e tão gostoso de usufruir... valorizamos mais a vida quando ela dá sinais de esvaziamento.

Na vida é essencial o amor, seja o do coração, da paixão ou o amor da solidariedade, aquele em que nos sentimos irmanados na mesma condição de humanos… no sofrimento, no abandono

Para mim, tenho que mãe-natureza toda ela criada pela inteligência Divina, nos criou com todas as nuances do equilíbrio, ou seja, até meio da idade prevalece o vigor do corpo, o físico é mais forte, como que absorve toda a nossa natureza espiritual em detrimento desta, e, então não nos damos conta da nossa vertente imaterial.

Depois da meia-idade, tal como uma conta corrente, todos os exageros, devaneios se mostram, e sobrevem a falência física, a força se esvai, sente-se o fulgor como uma mera recordação… e, então o espiritual se assume como a resistência do ser humano. Necessitamos saber que somos importantes, que temos valor, que somos mais do que enfeites perante a obra de Deus.

Muitos nesta fase da vida, ficam carentes de tudo, mesmo do mais elementar copo de água… A dignidade fica ameaçada.

Nós humanos, racionais e semelhantes ao Criador de quem recebemos todas as lições de amor ao próximo, que eu chamarei de solidariedade ativa ou caridade, somos chamados a dar mostras da nossa condição de divinos.

O amor que esse ato reflete é um amor companheiro, solidário, vem do coração sim, mas não é igual ao do amor da paixão, não é a mesma coisa.

È comum chamar de amor ao próximo, quando socorremos alguém, dando-lhe afeto, tratando das suas mazelas do corpo e da alma, quando damos-lhe atenção e carinho, companheirismo, aquilo que dá crédito à nossa alma.

Lutar ajudando os outros, olhando, sentindo seu sofrimento, faz de nós seres mais nobres, de carácter, conscientes das nossas fragilidades, da nossa independência e também do que muitos não reconhecem da nossa dependência

Este “amor”, esta solidariedade é cada vez mais rara, mais difícil de fazer e de ver, mas devemos lutar para que este valor de amor-ao-próximo, não se perca. Porque é tão difícil ser solidário, companheiro? porque é tão difícil estender a mão, fazer um carinho, se mostrar presente?

Só esta entrega, este sofrer cúmplice fará de nos seres melhores, mais humanos, mais humildes e mais a imagem de Deus.

A vida é amor, é dádiva de Deus, é luta, é usufruto nosso, e quando alguém está a nosso lado sofrendo, temos o dever e o direito de ajudar, tentar aliviar as dores do corpo e da alma, nos fará adultos de corpo inteiro, cumprindo um dos desígnios de Deus… “amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei”.

Ele nos ama independente de nossos erros, de nossa cor ou raça, se somos ricos ou pobres, pecadores ou seguidores exemplares das leis divinas...

Este amor irmão, fraterno de filhos únicos do mesmo Pai, fará de nós os eleitos, os cumpridores das leis do Pai, nos dará OS CRÉDITOS DA ALMA, a grandeza tão buscada por todos, e que tantas vezes desorientados não sabem como fazê-lo.

Este amor fraternal, estas nossas atitudes nos levará seguramente ao paraíso, onde o leite e o mel correm eternamente.

Texto de meu amigo Antonio Ferreira - http://voarnopensamento.blogspot.com – que com a sutileza de tua alma de poeta captou meu estado de espírito. Fica aqui os meus sinceros agradecimentos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tu és a sensibilidade em pessoa, tu mereces ser feliz, e grato me mostro pelas tuas palavras, que sei desinteressadas.
O que importa é falarmos do amor entre humanos, das suas nuances, procurando atraves delas sermos mais dignos e responsaveis.
Obrg pela deferencia tua, em permitires que eu partilhe um pedacinho do espaço de teu blog, que considero maravilhoso. É um privilégio para mim, tuias palavras e o espaço que de forma tao graciosa me dispensaste.
bjs~
antonio ferreira
voarnopensamento