sexta-feira, 30 de julho de 2010

...é mais do que sexo!...

Te amo
nunca amei ninguém assim
Quero-te!
nunca quis alguém assim...
Todo dia a todo momento
você esta presente no meu pensamento
Perco a noção do tempo
Só por  pensar em ti...
É mais do que sexo...
Gosto de estar nos teus braços,
de conversar, de rir, dividir,
saber dos teus segredos, das tuas duvidas
gosto de olhar em teus olhos
e ler teus pensamentos
e depois gosto
de fazer amor apaixonadamente.
Viajar em tuas fantasias
de ouvir tua voz sussurrando,
de sentir cada centímetro
da tua pele, do teu corpo

do calor que nos consome
do suor e da paixão...
amor só nosso, toco-te, beijo-te, amo-te..
desejo-te um desejo sem fim
uma entrega de amor...
só quem ama  sente,
só quem ama entende...
a delicadeza  e a sofreguidão
deste querer que me arde na alma...
a loucura, o sabor 
onde o sexo é mais do que simplesmente sexo…
é soma, é divisão, é multiplicação
de mãos, bocas, pernas, enlaçes e entrelaçes...
é a entrega ardente de corpos amantes.
de amantes que precisam
de bons momentos
que as vezes o tempo nos dá,
outras tantas nos tira...
mas, tempo que entre nós,
não é apenas a distância…
nem obstáculo a este amor
é apenas um intervalo
para que a vida para nós
tenha sempre mais sabor...

Kássya 26/07/2010

quarta-feira, 28 de julho de 2010

...o vôo do amor pelas ilhas do prazer!...

 
namorar...
pensar o amor
sentir ardência
sentir calor
num turbilhão ventoso
num movimento louco
me levas, eu deixo... e,
quero sentir o colo,
o abrigo do abraço,
as palavras doces
o libido teu,
o sussurro,
o murmúrio meu...

inibidos pelo desejo incontido
mergulhados na volúpia
das palavras ditas
no desejos carnais...
ah...!!! nunca serão demais....
tu e eu, não será preciso mais.
tu contas, eu ouço,
coração bate,
eu tremo, não vacilo,
tu sentes...  eu vivo
a luxuria em gruta amiga
num ar de quem não quer.... e quer...
excito-me, me contenho
a força  do desejo tem poder
o corpo fremido
precisa de aconchego
de um lugar para se acolher...

oh!!! favores amorosos,
doces toques de pele
as mentes voam,
os músculos retesam
o sangue ferve.....
e nós..., tolos,
não deixamos que a paz
nos  turve o que gostamos louco...
me fala,
conta-me teus fetiches
diz-me de ti, eu escuto
eu sou o mundo,
eu sou o desejo
eu sou o gosto,
eu sou o teu ser
te desejo,
te pressinto,
num movimento lascivo
num encontro,
numa raiva,
do que tem que ser.
Dos teus sons,
dos teus gemidos
não vou esquecer
vou guardá-los, senti-los
até ao alvorecer...
deixa eu gritar,
não te aflijas
o meu desmaiar,
é meu jeito,
é gosto...
é  o meu jeito de te amar!!!!.

Kássya 22/07/2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cultivando doces lembranças!...

Existem coisas que não posso deixar simplesmente pra lá...

Em Fevereiro deste ano meu filho caçula iniciou seu primeiro ano na escola, já no primeiro dia conheci M., mãe de G. de 5 anos, uma mulher bastante amorosa com o filho pequeno, até demais para as outras mães que estavam na primeira reunião de pais e mestres; pois o menino chorava, fazia manhas, não ficava sentado, não obedecia, a única coisa que ele fazia com toda a convicção era falar: “mamãe vamos embora!”; ela olhava para ele e falava com calma e um sorriso “já vamos meu amor, espera um pouquinho!”
As aulas começaram e ela todos os dias lá estava, com ele ao colo, abraçando, dando beijos, mimando... se ele chorava não ficava na aula; ela dizia: -venha vamos passear com a mamãe!
muitas vezes eu mesma critiquei a atitude desta mãe, que fazia tudo para o filho não chorar e fazia tudo o que ele queria.
Nunca a vi erguer a voz, ralhar ou corrigir o garoto, muitas vezes escutava as mães criticando a atitude dela; um dia conversando, soube que G. dormia abraçado com ela todos os dias; e ainda me disse “ele irá dormir comigo até quando for possível!”
M.era uma mulher simples, usava roupas simples e um pouco antigas, os cabelos estavam sempre cortado curtos, com muitos fios brancos, os dentes estavam precisando de um bom tratamento, mas o que sempre ouvia-a dizendo as outras mães era: “não me preocupo com estas coisas, só com G. ele precisa de mim!”
Ela amarrava os tênis, arrumava os cabelos, dava-lhe beijos no rosto, nos olhos, nas mãos, acariciava-lhe o rosto, apertava-o ao peito e sempre estava dizendo “mamãe te ama”; e muitas vezes vi quando ele desamarrava os tênis para ela amarrar de novo, ela sorria, se abaixava e amarrava novamente, e novamente o enchia de beijos, abraços e carinhos... e foi assim os primeiros meses de aula; vieram as férias; esta semana dia 20, voltaram as aulas, durante a semana nenhuma das mães viu G. ou M., não estranhamos, pois era comum as vezes não leva-lo a escola, para passear.
Mas sexta feira dia 23, meu filho comentou que G. veio a aula, e que chorou muito, e que a “Pro” tinha pedido para eles não brigarem com ele porque ele estava triste, a mamãe dele tinha ido embora e não ia voltar mais; achei estranho, voltei e perguntei o que havia acontecido, e ela disse: - Ela faleceu de câncer na segunda feira, foi enterrada na terça (primeiro dia de aula); o pai não trouxe o G. todos estes dias, e hoje ele só chorou e pediu para ligar para a mamãe vir buscar. O pai disse que desde o dia que ela morreu que ele pede para ligar para a mamãe e falar para ela vir buscar, e sempre pergunta; “papai, quando a mamãe chega!”... foi dificil a aula.

Neste momento um nó se formou em minha garganta e meus olhos marejaram; e vi com outros olhos a atitude dela, hoje eu entendo que ela estava cultivando doces lembranças, criando recordações para este filho, sabia que ia morrer, estava vivendo cada segundo que podia com ele, ele terá a vida inteira pela frente, mas ela não tinha tempo para ve-lo crescer, então queria viver ao lado dele o máximo possível... olhei para a pilastra e lembrei de quantas vezes a vi escondida lá, olhando para o filho com olhos de adoração; neste momento entendi a dimensão do sofrimento desta mulher, ia morrer e resolveu viver todos os momentos possíveis ao lado do filho, resolveu criar doces lembranças... sabia que ele é pequeno e que quanto mais lembranças ele tiver, mais a terá em seu coração; ele poderá ter uma madrasta. mas jamais vai esquecer que a mamãe beijava, abraçava, carregava no colo, que a mamãe não deixava ele chorar, ele jamais esquecera a mamãe.
Peguei meu filho e fui para casa, no caminho ele pergunta:
- Mãe quando a mamãe do G. vai voltar?
- Ela não vai voltar filho.
- ué! porque mãe, ela não gosta mais dele?
- Gosta querido, gosta muito!!!
- então? porque ela não volta?
- Bem meu amor, ela foi morar com papai do Céu
- mas no céu não tem casa, porque ela foi morar lá?
- Filho, a mamãe do G. morreu.
- Ah! então ela só volta quando acordar; e quando é que ela vai acordar?
- Ela não vai acordar meu bem; quando se morre não acorda mais
- se ela sentir fome e frio, ela volta!
- Oh! filho! quando a gente morre não sente mais fome, frio, não acorda... mora pra sempre com papai do céu
- Mãe?
- Oi...
- "tadinho"!!! quer dizer que se o G. ligar para a mamãe dele, ela não vai atender, nem vai ouvir ele né? e ela não vem mais buscar ele... não que é que nem no pica pau, que morre hoje e volta amanhã?
-é... não...
a conversa acabou por aqui, mas a noite em minhas orações a imagem dela voltou a minha mente, um filme passou  pela minha cabeça e revi todas as cenas dela com o filho e chorei; lembrei de algo que um sábio padre me disse:
“se uma atitude que você tomou, ou se você fez algo, que fez você chorar e se arrepender; é porque é pecado! peça perdão a Deus.”
Então fechei meus olhos e no meio da lágrimas pedi:
“Perdão Senhor! porque pequei!
pequei ao julgar as atitudes de M.; e tua palavra diz “não julgueis para não seres julgado”. e eu julguei. Perdão Senhor, porque julguei aquela mãe que estava tentando viver em poucos dias o amor de uma vida inteira, que queria dar ao filho lembranças para o futuro; perdão senhor pois eu não tinha o direito de julgar sem conhecer a situação e estou arrependida...”

Kássya 25/07/2010

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O Amor é... (o meu amor é!)

Amor é
o desejo intimo de ser feliz!
Amor
nada mais é do que
o alegre pulsar de nossos corações
a espera de alguém
que nos transforma em um ser melhor..
em um ser completo...
Amor é
saber que quando
estou contigo me sinto amada
e sou feliz...
Não sei do amanhã...
se tu me amaras
mas meu amor estará aqui...
Amor é
não exigir o teu amor
mas dar bons motivos
para que você goste de mim...
O amor é esperar
que a vida me dê chances...
e ter paciência para que
a própria vida faça o resto!

Kássya 10/05/2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sentimentos confusos

Preciso de um segundo
para respirar e pensar...

Estou só e confusa...
assim me torno irrequieta,
irracional e sentimental ao extremo
interpreto as entre-linhas
as coisas que não foram faladas!

Me desmancho em lágrimas,
por atitudes simples
que meu pensamento
analisou diferente
Sou eu confusa...
transpirando por todos os poros.

Olhando e analisando
por uma nova lente...
me sentindo tola e idiota!
minha alma destemida
esta encolhida
tolhida pelas duvidas

não sei porque quero gritar...
mas estou só nesta jornada
gritar não resolveria nada!
estou confusa
não sei qual a direção tomar
O que fazer?
O que é certo?
O que é errado?

Para onde vou
com tantas lagrimas em meus olhos?
Porque elas teimam em cair?
Porque?
Quem sabe o amanhã
me de respostas...

Kássya 19/07/2010

domingo, 18 de julho de 2010

Fanatismo

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada, assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."


Florbela Espanca / musica Fagner

(...quando me vejo assim, perdida, sem saber como escrever o que sinto, as músicas sempre me vem socorrer, e mostram-me em tuas letras divinas exatamente aquilo que quero dizer...)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

meus delirios...

Todos precisam de inspiração...
e quando meu mundo esta desabando,
nesse momento
eu sempre procuro você...
teus olhos me mostram
toda a inspiração que preciso ter,
luto com minha emoção...
não posso confiar em meu coração
ele sempre voa para ti...
...um suspiro...
não há remédio para mim

você é meu delírio...
passo horas sonhando,
divagando...
é a minha montanha
onde busco forças para continuar,
paz para refletir...
doces lembranças para sorrir
as vezes penso, que vou enlouquecer
outras tantas que vou morrer...
sonho e não quero acordar
Perturbam-me os sentidos
acelera meu coração...
sinto como se eu pudesse
tocar as estrelas...
para manter os pés no chão,
dou as costas para a ilusão,
E guardo teu sorriso
junto com meus delírios
numa caixinha de surpresas...

Kássya (08 Junho de 2010)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Encontros Noturnos...

Os braços envolvem meu corpo num abraço
o corpo se encaixa ao meu
num encontro envolvente
As silhuetas se moldam
se fundem...
se confundem...
sinto tua respiração
num suspiro arfante...
deixe que meu corpo
se encaixe no teu
e que meu mundo caiba em ti...
é noite!
de manhã vou voltar
a ser a mesma
mas hoje, sou Deusa,  fêmea
devassa, poderosa,
te possuo e sou possuída...
O prazer contido e guardado se liberta
A febre do desejo
arde pelo corpo
o sangue corre mais rápido
a respiração muda de ritmo
se entrecorta...
o suor molha os lençóis
um gemido escapa entre os travesseiros...
o corpo pede por mais,
arca, delira, deseja, estremece...
Vou entrando no mundo dos sonhos...
e sei que amanhã quando eu acordar
você não estará por aqui...

(Kássya 06/07/2010)

domingo, 4 de julho de 2010

Uma Guerreira chamada Cristina...

Cristina...
Fomos criadas a poucos metros de distância uma da outra, estudamos na mesma escola, tivemos os mesmos professores. Mas nunca fomos amigas ou mesmo colegas; mas o destino nos reuniu por algum motivo.
Ela é um pouco mais velha do que eu.
Terminou o ginásio, completou o colégio, se formou em duas faculdades, se tornou pedagoga graduada e bem conceituada na área de ensino infantil. Eu terminei o colégio, me casei, tive filhos, trabalhei em muitas empresas, até o dia que resolvi trabalhar por conta própria e tirei da gaveta os cursos que havia feito na área de beleza.

Um dia recebi um telefonema de uma amiga me pedindo para  fazer-lhe um favor, que  atendesse  a Cristina, porque ela havia sido discriminada em um salão de beleza e estava muito triste.
Ao atendê-la descobri que no salão em questão, a haviam chamado de deficiente mental; o que garanto a todos os meus leitores ela não é.

Cristina tem hoje 50 anos, e a 15 briga com uma doença  chamada Esclerose Múltipla G35, a doença se manifestou aos 35 anos, e no começo foi confundida com um AVC; ela foi internada, ficou na UTI, andou de cadeira de rodas, os médicos deram uma previsão de vida de uns 7 anos; mas sua garra e vontade de vencer a fizeram lutar com unhas e dentes para que o prognóstico fosse errático. Saiu da cadeira de rodas, andou de muletas, depois passou a usar uma bengala para o apoio (rsrs... a Marilu).
Ela toma medicamentos que exigem certa coragem, injeções que devem ser aplicadas todos os dias, cada dia em um local diferente pois são muito doloridas, também toma mais uma quantidade de comprimidos, anticoagulantes, remédios para dor muscular, etc... está trocando a Marilu por um andador de quatro apoios que ela o apelidou de "Serra",... rsrsrs... não me perguntem, não sei o porque  do nome!
A doença em questão vai corrompendo as células que regulam a coordenação motora, fazendo que aos poucos, conforme o tempo passa, ela perca os movimentos das pernas e dos braços, tenha dificuldade para andar e até falar; mas Cristina tem um cérebro fantástico, lembra-se de coisas nos mínimos detalhes, apesar de as vezes não conseguir expressa-las com clareza; talves por isso as vezes as pessoas acharem que ela tem algum tipo de deficiência mental.

Criamos uma amizade sincera, e aprendi com ela, que a vida é mais do que apenas andar e falar...
a vida é o que queremos que ela seja, que nós podemos fazer de nossa vida mais do que as pessoas pensam ou esperam de nós, que somos senhoras do nosso destino. Que apesar do que dizem os prognósticos, não precisamos aceitar e  podemos ir contra ele e fazer a nossa história...
Ela se recusa a deixar que a doença a vença.
E com isso a doença ainda não a debilitou totalmente, ela esta sempre procurando atividades para que os músculos e o cérebro não definhem, faz teatro, dança, natação, lê muito...
Na maioria das vezes vai as consultas médicas sozinha, sem que ninguém a acompanhe; eu já a acompanhei algumas vezes para um exame ou outro, que ela necessitava de companhia; pode ser bobeira, mas o orgulho dela é o maior responsável por seu estado de saúde; segundo os médicos que a acompanham ela já deveria estar entravada em uma cadeira de rodas definitiva, sem ter movimentos de pernas, braços e com o pensamento sem nenhuma conexão com a realidade.

Cristina continua guerreando com a Esclerose Múltipla, pois a doença está avançando rapidamente;
devido a isso seus movimentos estão cada vez mais difíceis, esta semana ela perdeu o equilíbrio e caiu, machucou as costas, as pernas, todo o seu lado direito ficou roxo e escoriado; ninguém a ajudou por acharem que ela é deficiente; ela foi socorrida e levada ao Hospital das Clínicas, por um policial do terminal de onibus que a conhece e a sua história; agora será submetida a vários exames, que sei são lhe dolorosos, para saber em que estágio esta a doença. Infelizmente a doença ainda não tem cura, os médicos não sabem o porque ela acontece, nem quando se manifesta, a única coisa que sabem é que se pode retardar os efeitos dela no cérebro e músculos, e controlar o espaço entre os surtos (quanto maior o espaço, melhor para os pacientes). As pessoas que sofrem de Esclerose Múltipla, tem surtos da doença, e quando isso acontece elas passam alguns dias de cama, sem poder se movimentar por falta de força muscular, trocam palavras e não conseguem se comunicar perfeitamente, também tem dores agudas em todos os músculos e ficam com os movimentos travados, quando os surtos passam elas recuperam os movimentos e a lógica; mas estes mesmos surtos causam-lhes perdas sérias da musculatura e dos neurônios.

Os médicos acham que Cristina precisará da cadeira de rodas, o que fará que ela fique restrita ao espaço de casa, pois não tem companhia que possa ajudá-la; ela ainda se recusa a aceitar tal fase...
muitos dos companheiros de tratamento já se foram desta vida, devido ao avanço e as complicações da doença...

Ela sabe que está perdendo... mas não desiste; quer vencer a doença e sair vitoriosa.

Kássya 04/07/2010